"Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, Deus é apresentado como ordenando a criação à existência. Deus ordena a palavra e acontece: céu e terra, oceanos e rios, árvores e relva, pássaros e peixes, animais e humanos. Tudo, o que se vê e o que não se pode ver, chamados à existência pela palavra de Deus.
Em um paralelo às primeiras palavras de Gênesis, João apresenta Deus como ordenando a salvação á existência. Dessa vez, a palavra de Deus toma a forma humana e entra na história na pessoa de Jesus. Jesus fala e acontece: perdão e julgamento, cura e iluminação, misericórdia e graça, alegria e amor, liberdade e salvação. Tudo que era quebrado e caído, pecaminoso e doente, são chamadas à salvação pela palavra expressa de Deus.
De alguma forma ao longo da narra tiva alguma coisa se desviou (Gênesis conta esta estória também) e estão em uma busca desesperada de se consertar. O conserto é cumprido pelo falar - Deus ordenando a salvação à existência na pessoa de Jesus. Jesus, por sua vez, não fala somente a palavra de Deus, ele é a Palavra de Deus.
Tendo a companhia destas palavras, nós começamos a concluir que nossas palavras são mais importantes que já imaginamos. Dizer "Eu creio", por exemplo, marca a diferença entre vida e morte. Nossas palavras revelam dignidade e gravidade em conversas com Jesus. Porque Jesus não impõe a salvação como uma solução, ele narra a salvação à existência através de uma conversa informal, relacionamentos pessoais, respostas com compaixão, orações apaixonadas etc. e - colocando tudo junto - um sacrifício mortal. Nós não podemos fugir de palavras como estas"
Oração
"Misericordioso Deus, Pai celeste, já que tua palavra é uma vela e uma lâmpada, que está aí para iluminar o nosso caminho, pedimos-te que por Cristo, a verdadeira luz, queiras abrir e iluminar a nossa mente, assim que possamos compreender a tua palavra em sua clareza e pureza." Ulrico Zwingli, 1484-1530, reformador da igreja
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